quinta-feira, dezembro 24, 2009

Sexualidades - Hetero, Homo e Bi...

Tenho mais umas traduções de poemas para publicar aqui e queria ainda responder à Belle, sobre o seu comentário, mas por agora, e para último texto do ano, vou colocar apenas uma poesia do Piet Hein, especialmente dedicada aos meus colegas da corrida, e passar ao tema em título:

"The human spirit sublimates the impulses it thwarts; a healthy sex life mitigates the lust for other sports"

“O espírito humano sublima o impulso que se quer morto:
Uma vida sexual saudável mitiga o vício pelo desporto


Recebi finalmente um texto sobre o tema com algum sentido, da autoria do meu amigo Luis Fataça.
Dum modo geral, fala-se destas coisas dum modo restritivo, pecaminoso , jucoso ou tendencioso.
Estou um bocado farto da reacção que Ken Wilber (vejam traduções abaixo, neste blog e pesquisem na NET) chama de “pré-trans” (*).
Assim ele chama o fenómeno de as minorias oprimidas, depois de emancipadas, tenderem a se constituírem como superiores e, até, opressoras.
Estou-me a referir, por exemplo, às feministas e aos gays, com as tretas da superioridade feminina, ou com o Carnaval do “Orgulho Gay”, que eu acho que é o equivalente “pré-trans” ao “Orgulho Machão” e igualmente uma estúpidez – parece um homem já não é homem nem é nada se não for homo!
Por mim, há bastante tempo que tenho uma tese sobre o assunto que vai um bocado com esta linha de pensamento de Carl Jung sublinhada pelo autor do texto e penso que ela pode abrir portas ao esclarecimento de muitos aspectos da sexualidade humana que têm sido mal contados…
Colo a seguir:

“Para o médico Gentil Martins, que também é um dos mandatários da Plataforma Cidadania e Casamento, a homossexualidade é, de facto, uma doença. «A Associação Americana de Psiquiatria sempre o considerou e só com a pressão dos lobbies gay é que mudou de posição», começou por dizer aos jornalistas após uma
audição com o gabinete do primeiro-ministro.
«Desde que o mundo é mundo que existem homem e mulher. Se a homossexualidade evoluir acaba a humanidade», frisou, não escondendo a sua posição sobre este tipo de ligação conjugal. «Não se pode misturar as coisas, pelo que a sociedade tem de escolher a sua cultura. Temos de decidir o que é normal em Portugal, mas, na minha opinião, a pedofilia e a homossexualidade são perturbações psicológicas», “
Estava a ler a notícia acima sobre homossexualidade e a questão recorrente: é ou não a homossexualidade uma enfermidade psicológica ou uma questão “genética”? Agora o tema da homossexualidade está muito em voga e todos têm opinião, como a opinião do médico que reproduzo acima, mas eu nestas coisas gosto de saber a opinião dos “gigantes” na área da saúde mental, e não de médicos medíocres.
Um dos pais da psiquiatria moderna e fundador da Psicologia Analítica, Carl Gustav Jung, dizia a principio que a homossexualidade era uma enfermidade psicológica, nomeadamente um complexo materno negativo, mas Jung mudou a sua opinião dizendo que a homossexualidade é um fenómeno tão grande que não lhe parecia correcto dizer que todos os casos de homossexualidade seriam uma enfermidade psicológica, assim propôs a teoria de que a homossexualidade era uma forma da natureza regular a reprodução humana, ou seja o aumento da homossexualidade como um impulso de regulação da reprodução humana. Parece-me uma teoria interessante, todos sabemos que há um problema de excesso de população a nível global. Neste sentido a homossexualidade não é se “evoluir acaba a humanidade”, mas um contributo para uma reprodução humana sustentável."


Pois eu acho que a heterosexualidade permitiu a sobrevivência da Humanidade ao longo de milhares de anos, quando a terra era habitada por escassas pessoas. Entretanto, os tempos mudaram, o importante agora, para a sobrevivência da Humanidade, é o amor entre as pessoas… incluindo no aspecto sexual.
Então, por mim, defendo que nos dias de hoje, a bisexualidade é a opção sexual mais ajustada, pois duplica a possibilidade de cada pessoa encontre um parceiro para amar…!

...E há por aí muita criança a precisar de adopção...
Que acham?
(*) Graças ao comentário do Giovanni, verifico que esta referência a Ken Wilber é incorrecta. encontram aqui o exacto conceito da "falácia pré-trans" de Wilber: