sexta-feira, setembro 02, 2011

MURO DE ELUCUBRAÇÕES

Num e-mail reencaminhado do Brasil pelo meu amigo Fábio, em que os seus correspondentes lamentam o caminho miserável que Portugal e a Europa trilham e se perguntam quanto às causas, o meu amigo Fábio passa-me a bola:
“O nosso amigo português Álvaro poderá dissertar sobre o tema, se tiver interesse”…
…Muita honra, assim o Fábio me nomear um misto de Cônsul e Consultor!

A resposta (na minha humilde opinião), é facil de dar mas difícil de entender, e, mesmo entendida, difícil de aceitar por muitos que ainda vão tendo tempo e dinheiro para aceder à Internet.
Pretendendo escrever sobre o tema no meu blog, aproveito para, com uma cacetada, matar dois coelhos e respondo por aqui, em vez de responder ao seu e-mail.
Friso bem que isto não passa da minha opinião. Discordem se assim o entenderem, da discussão, nasce a luz!
Na verdade, não vou propriamente responder, mas tão só apontar algumas pistas que me parecem importantes e recomendar alguns exercícios e estudos, pois entender a resposta e aceitá-la assim exige. Depois, compreenderão porquê.

Em primeiro lugar, parece-me que:
1. A raiz do problema é política e a solução terá que ser política;
2. Os problemas emergentes não se confinam à Europa, mas estão a alastrar a todo o Mundo, prenunciando o seu fim. Do Mundo que conhecemos, quero eu dizer…!
3. Se soubermos tirar as lições do que está a acontecer e tivermos a coragem para ir para a frente com elas, poderemos até ser os parteiros do Mundo Novo que virá a seguir!

E as lições a aprender, são como descobrir e perder as nossas próprias ilusões, se todos tivermos a humildade de aceitar que nós, iludidos, temos alimentado o sistema que conduz a este estado de coisas.

E, para nos iluminar no caminho, coloco aqui os Cinco Mestres Malvados, cujo papel foi, precisamente, o de as trazer ao de cimo:


Deixo aos leitores o exercício de análise corajosa das suas ilusões…

… E pressupondo que já há gente suficientemente corajosa e consciente para estudar isto a sério, recomendo uma leitura básica, sem a qual nada entenderão de política: Nada mais, nada menos que um livrinho a que já me tenho referido noutras postagens neste blog:

Materialismo Histórico, Materialismo Dialéctico

Publicarei em breve a I parte, em português de Portugal. Em a seguir publicarei a II parte deste importante livro.
Recomendo aos interessados que criem um ficheiro Word para onde poderão copiar-colar as 3 partes, ficando, no fim como livro completo.
Não vou intercalar o texto com as imagens-guia do costume, para orientação dos meus “Leitores-em-diagonal”. O assunto é demasiado sério para isso, este texto é só para quem quer partir pedra.

O texto que vou apresentar foi copiado do blog de Blasco Miranda de Ourofino:

Foi revisto, passado para português de Portugal e cotejado pela versão francesa, que poderão recolher aqui:

E, para vossa inspiração, deixo-vos aqui uma imagem dos “5 Mestres” popularizada durante a Revolução Cultural Chinesa…


3 comentários:

Isabel Soares disse...

Olá, Álvaro.
Passei por aqui. Desejo que estejas bem.

Manuela Andrade disse...

Obrigada Alvaro pelas informações importantes que nos proporcionas.
Beijinhos...Nelinha

Penso que???
O mundo material, perceptível pelos sentidos, ao qual nós próprios pertencemos, é a única realidade. . . A nossa consciência e o nosso pensamento, por mais transcendentes que pareçam não são mais do que um produto de um órgão material, corporal, o cérebro. A matéria não é um produto do espírito, mas o próprio espírito, não é senão o produto superior da matéria. (Josef Stálin)

Anónimo disse...

A origem do problema português pode ser também política mas não só. Como se sabe, os bancos enriquecem com os juros dos empréstimos k fazem às pessoas. Se emprestarem $ aos estados ainda mais ganham. Imagina um p.ministro dum país do 3º mundo, muito corrupto (ainda bem k não é o nosso caso...) contactado pelos bancos para endividar o país ao máximo. Esse "favor" é pago a peso de ouro e ambos ficam a ganhar: a banca e o p. ministro...
É um alívio pensar k isto só se passa lá muito longe...no 3º mundo!