domingo, junho 03, 2007

REFLEXÃO II

Até que enfim!
Muitos dos meus amigos me mandaram mensagens regulares perguntando quando acabaria de reflectir…!
Na verdade, nunca, mas há duas razões para só agora aqui vir: Uma, a falta de tempo (há compromissos mais prementes na vida, afinal isto não passa de um blog…); Outra, é que eu estava à espera de críticas, outras opiniões, nomeadamente do meu amigo Zen…Que, pelos vistos, ainda está mais ocupado que eu!
À falta de mais críticas, aqui vai a Reflexão II propriamente dita:

Lembram-se dos “exercícios preparatórios” propostos na Reflexão I?

“Como preparativo, sugiro-te o seguinte:
- Veres o filme 2001 – Odisseia no Espaço (se já o viste, recorda-lo);
- Ires ao "Trance Dance" na tarde de Domingo (para entrares em transe...LOL);
- Recordares o texto no meu blog sobre "Corrida Mística".”

Bom, como o pessoal anda todo muito ocupado e provavelmente não foi rever o filme, terei que ser eu a recordar a parte relevante. Aqui nesta parte de reflexão, apenas vou falar sobre o primeiro exercício, o resto virá outro dia, espero que em breve.

Logo no início do filme, há um bando de macacos que vai beber água a um charco. Depois de comer e beber, aninham-se aí para passar a noite. De manhã, ao acordarem, os macacos assustam-se com a presença no local de um monólito que sem se saber como, aparece espetado no local…
Uma placa negra, enorme, dum metal estranho, de superfície lisa, rigorosa e dura… Os macacos rodeiam-na à distância, temerosos, surpreendidos. Um estranho poder parece emanar daquele objecto. Um macaco mais afoito, ousa aproximar-se, mas logo recua, receoso. Os outros macacos vão-se aproximando, novas inspecções do objecto e um dos macacos acaba mesmo por tocar no monólito, ainda que fugazmente…
Mais tarde, após várias abordagens ao monólito, chegam ao ponto de toda a família de macacos tocar aquele objecto poderoso, a sua vibração envolvendo todos os símios, como que os abraçando.

Pouco depois, um dos macacos aprende a usar um osso como ferramenta e arma… estava dado o salto para o ser humano, aquela família de macacos seria então o elo perdido (pesquisem na net), enfim, os bichos tinham ganho inteligência!

Pois é assim que sinto deus, perdão, Deus…
Algo perfeitamente tangível, que nos dá força … que, em cada vez que o tocamos, nos retribui com mais paz, mais coragem, mais iluminação. Explicarei melhor nas próximas partes desta Reflexão II…

…E agora, vejam lá mais esta, mais uma que encuquei:

Tudo o que caracteriza fisicamente uma pessoa, incluindo elementos que lhe são externos, como as circunstâncias que determinam o seu ser material, pode ser, teoricamente, claro, determinado e caracterizado por um conjunto finito de elementos, obviamente, muito grande, diria mesmo, enorme…

Qual a probabilidade de cada um desses elementos ocorrer de per si? Poderá teoricamente, avaliar-se, dependendo dos instrumentos estatísticos de que dispomos e do nosso conhecimento sobre o assunto. A probabilidade poderá ser muito pequena, mas constitui um valor finito. Por exemplo: A probabilidade de usares hoje um chapéu é de 10/365 (se usas apenas o chapéu dez dias por ano) ou seja, 2,7% ou 0,027 aproximadamente. E se chover no sítio onde estás, 60 dias por ano, a probabilidade chover num dia será de 17% aproximadamente, ou seja, de 0,17…

…E qual a probabilidade de ocorrerem simultaneamente, dois desses acontecimentos? Será uma probabilidade menor, expressa pelo produto da probabilidade de cada um. Por exemplo, a probabilidade de usares chapéu e de chover, segundo as regras da estatística, calcula-se multiplicando uma probabilidade pela outra o que neste caso, dá 0,0045, ou seja, 0,45%
E quanto mais conjugarmos acontecimentos, calculando as probabilidades acumuladas de ocorrências simultâneas, mais pequena é a probabilidade resultante. Por exemplo, qual a probabilidade de num determinado dia usares chapéu, chover, comprares um livro, encontrares um amigo e esse amigo usar uma gravata verde? Certamente, que aqui a probabilidade é mesmo muito pequenina…

Imaginemos então quão ínfima será a conjugação de todas as circunstâncias que determinaram o que cada um de nós é hoje! A probabilidade conjugada da nossa existência neste mundo real será expressa por zero, vírgula, muitos zeros, mas algures aparecerá um número… Ou seja, há um número finito que representa a probabilidade de sermos o ser humano que somos...

Agora, a pergunta fatal:
Acreditam que o cosmos é infinito no tempo e no espaço? Então, qual é a probabilidade de ocorrer uma repetição algures, no tempo e, ou, no espaço, de um ser igual a nós? Pensem bem…

Vamos ver o que nos diz a estatística: a probabilidade de, lançada uma moeda uma vez, cair cara, é de 50%, verdade? E em dois lances? Será 50% mais 50%, ou seja 100%? Ora, 100% ou 1, em estatística, significa certeza e todos nós sabemos que não é certo que saia uma vez, cara, em dois lançamentos…
Na verdade, a probabilidade calcula-se somando as duas probabilidades e subtraindo o seu produto, o que dá, naqueles dois lances, uma probabilidade de 0,75 ou seja, de 75%... Em três lances, a probabilidade de sair cara uma vez é de 87,5 %, em 4 lances, de 94% aproximadamente e por aí fora, sempre crescendo e aproximando-se de 1, que significa certeza…

…Então, aquelas circunstâncias que nos caracterizam como pessoa individualizada neste mundo real, num número infinito de tentativas, terá que ocorrer… DE CERTEZA!

Teremos então que admitir que algures, no tempo e no espaço infinitos, existe outro indivíduo igual a cada um de nós, com o mesmo nome, a mesma roupa, a mesma família, tendo as mesmas habilitações literárias, passaporte (incluindo os mesmos carimbos de países visitados)!!!!...

…E esta, heim?