domingo, julho 01, 2007

REFLEXÃO III



Esta é mais para responder às questões postas.

Claro que tudo o que aqui escrevo vem com um grande ponto de interrogação. E tenho pena de não haver mais gente a comentar, pois de cada comentário surgem novas questões levando ao aprofundamento do tema. Mas, Mea Culpa, como podem as pessoas vir cá espreitar o blog se só aparece algo novo de 30 em 30 dias?

Quanto à questão da repetição de pessoas, direi mesmo que o número de repetições não será um nem dois, mas mais que triliões!
Na verdade, por muito grande que seja o número de itens necessários para definir alguém, desde que sejam em número finito, a probabilidade de ocorrência repetida é sempre calculada um número infinito de vezes, o que dá sempre resultado igual a 1, ou seja, CERTEZA!

No caso do nosso comentador Manuel, na verdade direi que não há apenas uma repetição dele, mas uma infinidade delas e com uma infinidade de variantes!
Ou seja, há um Manuel que quer beber um copo com um outro fac-símile, mas há um que não quer; um, que quer beber um copo de tinto; um, que quer beber um copo de branco; um, que quer beber um sumo de laranja, outro, que é abstémio, etc., etc., etc...
Façam as contas usando as fórmulas do cálculo de probabilidades e comprovem…

Agora, posso suscitar outra questão a partir daqui:
Se o espírito é omnipotente (será uma fracção de Deus, mas uma parte de poder infinito também é poder infinito), então, pode viajar livremente no tempo e no espaço (e também fora do tempo e do espaço). E pode ocupar e manipular as concretizações humanas… Então, quem me diz que cada um de nós, enquanto mero mortal, não passa duma sucessão contínua de “Maneis”, que o espírito, consoante as decisões que toma, vai recolhendo de algures no tempo e no espaço e alinhando numa história de vida?
Aqui, meus amigos, ponham um ponto de interrogação MUITO GRANDE, até porque isto não posso provar estatisticamente…ou posso?

Resumindo: pois se o Manuel quer tomar um copo com o seu outro eu, será fácil: basta tomar a decisão de encher um copo de bom tinto alentejano, e bebê-lo...!

A resposta à Marcinha virá mais tarde, espero que em breve. Para já só adianto esta pergunta: Mas não somos, nós todos, o mesmo em Deus?

5 comentários:

Anónimo disse...

Meu querido amigo d’além-mar,

Vou lhe fazer uma pergunta: se temos tantos clones por aí, por que razão nossa impressão digital é única?

Desculpe insistir, mas o que me conforta em muitos momentos nessa vida, principalmente diante das minhas trapalhadas, quando me sinto pequenina e quase um zero à esquerda, o que me conforta, repito, é justamente pensar que sou um ser único, com uma trajetória e uma história de vida que é só minha, e que por isso mesmo há uma razão para estar aqui, viva, neste momento, contribuindo de alguma forma para a tecitura da humanidade.

Quanto à sua pergunta: Mas não somos, nós todos, o mesmo em Deus?

Somos, sim. Teoricamente percebo isso, mas vivo me esquecendo e percebendo esse Deus como uma grande fonte de amor universal, que me envolve e protege... e portanto está fora, ou em torno de mim...

Fazer o quê, né, portuga? Ainda não consigo silenciar esse turbilhão de pensamentos que é a minha mente. Mal, mal, consigo instantes de quietude, durante o exercício da yoga. Se um dia eu tiver a sorte de realmente meditar e alcançar essa comunhão com o TODO... e perceber visceralmente (como vc parece ter vivenciado durante sua corrida mística) que tudo faz parte de tudo... aí pode ser que eu entenda o que REALMENTE significa esta sua afirmação.

Um abraço carinhoso, continue escrevendo, é um excelente exercício de reflexão este que vc nos propõe.

jorge vicente disse...

esses pensamentos tão indo bem por aí, amigo. acho que somos todos em deus e deus em nós.

ou o universo em nós e nós no universo.

penso eu de que

um abraço
jorge

Anónimo disse...

« Então, quem me diz que cada um de nós, enquanto mero mortal, não passa duma sucessão contínua de “Maneis” »

Isso anda perto da teoria da reencarnação! e porque não acreditam nela a maioria dos mortais? Não estão atentos....Eu acredito! A nossa alma não alcança a perfeição durante a vida, pode assim acabar por depurar-se, sofrendo a prova de uma nova existência reencarnando.

Podemos assim dizer que a frase acima transcrita tem lógica segundo a teoria da reencarnação...mas todos os maneis apesar de terem o mesmo espirito, podem andar por aí com nomes diferentes...

Continua o debate

Eduardo Santos

Alexandra Lopes disse...

Olá Álvaro

Sou a pior pessoa para estas questões...
Acredito na ciência, no estudo detalhado dos sistemas, na procura de respostas, na "validade" das explicações que vamos compilando.
Respeito todas as formas de vida e suas componentes e ainda hoje me deslumbro com a formulação de Lavoisier " Nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma". Eu diria que "o acaso comanda a vida (e a morte)".
Deus? Tem muitos e diferentes nomes, eu continuo a chamar-lhe ciência.

Manuel Marques disse...

Confesso que essa cena do deus causa-me... como dizer... vontade um bom copo de tinto, alentejano ou de ir de férias para longe dele e do clone malvado, porque não chega haver o bem... tem que haver sempre o contraponto, neste caso o diabo...

Ah... mas sempre podes pôr coisas de 30 em 30 dias... se avisares os Maneis e porque não as Marias do mundo, clones ou meros mirones vêm cá ter, para um abraço, ou para elevar a consciência ao infinito, ou em finita paciência desviar o assunto para outras paragens, porque nem sempre se sabe discutir em condições de reflectir como deve ser metafísica, ou apenas um meta para alcançar (a física ou o fisico é outra história)... entretanto apesar da hora um copo de tinto de um belo vinho da Vidigueira, o Miradouro do Júlio Pereira e namorar na varanda com a salamandra acesa e a Sandra com calores... que raio de Verão este...

Bem apeteceu-me desconversar, é típico de mim... e faz-nos o especial favor de actualizar este blog, para satisfação de quem por aqui passa poder comentar as novidades!

e sempre que quiseres comentar algum texto meu no meu blog, fá-lo!

um abraço!