Platão era mesmo visionário! - 2
Os pressupostos do anterior "Platão era mesmo visionário!", sobre o que se deve manter e o que deve mudar para acabar com esta nossa democracia de opereta, servem agora para eu explicar a minha proposta alternativa.
Claro que o sistema que aqui apresento, aplicando os "sim" do tema anterior e eliminando os "não", nunca será aplicado em Portugal, pois, a sê-lo, acabaria à partida com a manutenção desta nossa classe dominante rasca, e nunca ninguém organiza eleições para as perder. Poderá deixar mudar as moscas, sim, mas o resto, tem que se manter...
Claro que o bombardeamento contínuo a que os portugueses têm sido submetidos sobre a excelência desta “democracia” e das “conquistas de Abril”, cria reflexos e preconceitos que dificultarão a compreensão imediata da minha proposta. Muito gostaria que essas dúvidas, críticas e oposições viessem ao de cima, seriam preciosas para melhorar a minha proposta, seja na sua estrutura, seja na sua exposição.
Cá vai então uma parte dela:
1. Para fundar um partido político apenas seria necessário definir: Nome do partido; seus corpos dirigentes; programa; local da sede; lista de candidatos às Assembleias, da República, Municipais e das Freguesias onde tal partido pretenda concorrer;
2. A filiação em partidos passaria a ser pública, ou seja, cada cidadão aderiria ao seu partido subscrevendo declaração de adesão, aceite pelos respectivos dirigentes; tal documento seria triplicado, ficando o original no Partido, uma cópia na posse do militante e outra, seria depositada na comissão eleitoral, onde poderia ser consultada por qualquer cidadão.
3. Deixariam de se realizar eleições para as Assembleias da República, Municipais e de Freguesia. Anualmente, os deputados seriam eleitos em função directamente proporcional ao número de militantes cujas declarações de adesão (a renovar regularmente) dessem entrada na comissão eleitoral.
Creio que este sistema teria vantagens:
· Surgiriam partidos de todas as maneiras e feitios de modo que ninguém poderia dizer que “nenhum partido lhe serve”;
· Cada pessoa passaria a ser responsável pela sua posição política e essa responsabilidade levaria a uma atitude mais séria perante a política;
· Acabaria o desperdício e a demagogia, o triste espectáculo das eleições; mas, sobretudo, deixaria de existir o poder das panelinhas e cúpulas dentro dos partidos, os dirigentes teriam que descer às bases, captar e educar os seus militantes, debatendo a política com eles e, em última análise, respeitando-os…
Que acham? Críticas bem-vindas, sobretudos as de oposição!
Claro que o sistema que aqui apresento, aplicando os "sim" do tema anterior e eliminando os "não", nunca será aplicado em Portugal, pois, a sê-lo, acabaria à partida com a manutenção desta nossa classe dominante rasca, e nunca ninguém organiza eleições para as perder. Poderá deixar mudar as moscas, sim, mas o resto, tem que se manter...
Claro que o bombardeamento contínuo a que os portugueses têm sido submetidos sobre a excelência desta “democracia” e das “conquistas de Abril”, cria reflexos e preconceitos que dificultarão a compreensão imediata da minha proposta. Muito gostaria que essas dúvidas, críticas e oposições viessem ao de cima, seriam preciosas para melhorar a minha proposta, seja na sua estrutura, seja na sua exposição.
Cá vai então uma parte dela:
1. Para fundar um partido político apenas seria necessário definir: Nome do partido; seus corpos dirigentes; programa; local da sede; lista de candidatos às Assembleias, da República, Municipais e das Freguesias onde tal partido pretenda concorrer;
2. A filiação em partidos passaria a ser pública, ou seja, cada cidadão aderiria ao seu partido subscrevendo declaração de adesão, aceite pelos respectivos dirigentes; tal documento seria triplicado, ficando o original no Partido, uma cópia na posse do militante e outra, seria depositada na comissão eleitoral, onde poderia ser consultada por qualquer cidadão.
3. Deixariam de se realizar eleições para as Assembleias da República, Municipais e de Freguesia. Anualmente, os deputados seriam eleitos em função directamente proporcional ao número de militantes cujas declarações de adesão (a renovar regularmente) dessem entrada na comissão eleitoral.
Creio que este sistema teria vantagens:
· Surgiriam partidos de todas as maneiras e feitios de modo que ninguém poderia dizer que “nenhum partido lhe serve”;
· Cada pessoa passaria a ser responsável pela sua posição política e essa responsabilidade levaria a uma atitude mais séria perante a política;
· Acabaria o desperdício e a demagogia, o triste espectáculo das eleições; mas, sobretudo, deixaria de existir o poder das panelinhas e cúpulas dentro dos partidos, os dirigentes teriam que descer às bases, captar e educar os seus militantes, debatendo a política com eles e, em última análise, respeitando-os…
Que acham? Críticas bem-vindas, sobretudos as de oposição!
6 comentários:
hum. aqui cheira a anarquia. mas uma verdadeira anarquia, onde o poder vem das bases. gosto!!!!!
Não acho que o que proponho provoque anarquia, seja superior, seja inferior!
Este sistema simplesmante permitiria o que a mentalidade das pessoas quisesse. Claro que, pela evolução social que libertava, a chegada ao fim último, à Anarquia Superior seria mais cedo. Mas, na minha opinião, ainda se teria que passar, antes, pelo socialismo a sério e pelo comunismo democrático...
Mas com SEs, mete-se Paris numa garrafa, não é?
Obrigado pelo teu comentário...!
Olá Alvaro
Isto é coisa séria e faz juz ao título do seu blog. O anarquismo vem do tempo do Trostky onde tudo se descutia ao pormenor e depois cada um ia para o seu lado e após isso fizesse o que quizesse.
A responsabilização dos maus hábitos, da corrupção, do oportunismo e dos desvios democráticos está nas nossas mãos, sim porque são as nossas mãos que põem a cruzinha lá no papel e permitimos o que está a acontecer. Tenho ainda esperança em alguns políticos pois ainda não passaram por lá todos, experimente em mudar as opções anteriores, é preciso é dar o 1º passo. E não desanime.
Um abraço.
Sendo originária de uma família e de uma "família" de anarco-sindicalistas a ideia seduz-me. Porém a sociedade actual não permite e tem capacidade para destruir, ridicularizar e fazer esquecer todas as ideias como as tuas. De qualquer forma, Neptuno, a ideia seduz-me. Muito!
Grande Álvaro. Finalmente!
Esta ideia parece-me muito facilitadora do sistema.Tem, porém,
um senão:- Quem teria mais assinaturas, seria sempre quem melhor as conseguisse pagar ! E lá voltaríamos a ter o poder político nas mãos de quem ?!?
Mas que "isto", como está, já deu o que tinha a dar, não tenhamos ilusões. É mesmo preciso reflectir e pôr na mesa sugestões, por mais estranhas que nos pareçam. É sempre um bom exercício.
Abraço.
Fernando Andrade
Bom, essa de os gajos da massa comprarem militantes...
Quanto custa um militante por ano?
Que tipo de indivíduo venderia assim a sua participação política?
Não me parece que isso viesse a falsear a representatividade política da população. É que esse tipo de vendido sempre vota nos partidos da massa, portanto, em nada alteraria o panorama da democracia verdadeira...
Continuaria a ganhar-se em transparência e em simplicidade política
Abraço
Álvaro
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